sábado, 31 de dezembro de 2011

O último post do ano, no último dia do ano.



O último post do ano, no último dia do ano, deveria começar com uma bela mensagem de renovação, de esperanças para um futuro melhor, de desejos de paz e harmonia, mas não vou começar assim, nesse último post resolvi falar de arrependimentos. 
Sim esse sentimento que surge quando acreditamos que uma atitude contraria a que foi tomada seria melhor.
O arrependimento muitas vezes causa dor e remorso outro sentimento triste e que nos corrói, acredito que a pior coisa do arrependimento é a terrível sensação do "SE". 
'Se eu tivesse feito isso'...
'Se eu não tivesse feito isso'...
O 'se' sempre é a esperança de uma coisa melhor, mas nunca, em hipótese alguma, ele é uma certeza! E é bem neste ponto que explico porque escolhi falar de arrependimentos no último dia do ano, 2011 foi uma ano sem arrependimentos, aliás como é boa parte de minha vida, escolhi não ter arrependimentos, escolhi me aceitar e ser responsável pelos meus atos, até aqueles mais impensados e principalmente arcar com as consequências de tudo isso. 
Tudo isso pelos simples fato que amo ser quem sou hoje, amo todas as experiencias que vivi, mesmo as mais tenebrosas e as amo porque me fortaleceram de tal maneira que sei e me sinto uma pessoa melhor e sou o que sou hoje por que as vivi da melhor maneira possível.
É claro que 2011 não foi um ano perfeito, tive muito a enfrentar, a doença de meus pais, o afastamento de amigos, os abandonos dos amantes, o distanciamento do meu próprio apartamento, as inúmeras noites sem dormir trabalhando, as salas de aulas com alunos incompreensíveis, a recusa dos meus projeto de mestrado, a desvalorização da profissão, a falta de reconhecimento, a falta de dinheiro, principalmente a falta de dinheiro. Enfim, se olhar para trás eu deveria ter muitas coisas para me arrepender, mas sem tudo isso eu não saberia a força que tenho para enfrentar as adversidades, não saberia quem são os amigos que não me abandonam, não me embelezaria para vislumbrar outros amores, não me divertiria com meus alunos, não defenderia a profissão e não mostraria o melhor que há em mim. 
Apesar de tudo 2011 foi um ano bom e ele se finda com muitas promessas para 2012, muitas questões pessoais só serão resolvidas nesse novo ano, muitos conflitos se armam para ele, muitas mudanças podem acontecer, assim como todo futuro 2012 é incerto, só há certeza que enfrentarei todas as novidades e transformações que estão por vim com a serenidade e o amadurecimento que aprendi em 2011, 2010, 2009, 2008... 
Evidentemente poderá ocorrer mudanças de mentalidade, e sinceramente espero que sim, quero aprender mais, me fortalecer mais, quero VIVER mais e isso é o que desejo a todos ao meu redor e aos que estão longe de mim. 
Que 2012 seja um ano de Batalhas Vitoriosas, de Embates Glorificadores, que seja um ano de PODER! e é claro que todos aqueles sentimentos que eu citei no início deste post também estejam presentes.
Um grade abraço a todos e como diziam os gregos antes e nos finais de suas festividades:
EVOEH A TODOS!



domingo, 25 de dezembro de 2011

Então é Natal...

A música de Simone, voltou, novamente, toda vez, a tocar nas lojas, as pessoas correndo de um lado para outro animando-se e deprimindo-se.
O natal é diferente para todos, alguns sempre reafirmando o espirito capitalista da época, outros tentam insistentemente lembrar a todos que a festa é para comemorar o nascimento de Cristo... Enfim todos os anos é a mesma coisa... Isso é ruim??


Não, isso é ótimo! é o que chamamos de tradição. É claro que sei que Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro, como historiadora e amante das mitologias pagãs, sei  que foi uma forma que a igreja cristã encontrou para converter e sincretizar as festas pagãs tornando-as cristãs. Sei de tudo isso e sinceramente não me importo, se a milênios os seres humanos cultuam essa data, mesmo que ela tenha mudado de nome ao longo dos séculos, se resinificado e até se sincretizado, gosto de acreditar que é por algum motivo especial e mágico para isso acontecer.

Aqui em casa o espirito de Natal, esse que as pessoas afirmam que transforma os sentimentos e os preenche de amor, felicidade e paz, sempre chega atrasado e quando digo atrasado, falo de atrasado mesmo, ele só chega muito depois da data acontecer. Não temos o ímpeto de decorar a casa, fazer uma grande festa, colocar músicas e comprar ou trocar presentes, mas mesmo assim os esforçamos para manter as tradições, apenas pelo simples fato de ser tradições.

Por isso fizemos as velhas comidas agridoce, sobrando comida para o dia seguinte, conversamos de nossas vidas, rimos e depois dormimos...Simples e gostoso assim.

Isso não significa que estou criticando as grandes festas, não é claro que não! Para quem ainda não percebeu esse post é sobre Tradições, e cada família, cada pessoa, cria ou segue a sua.
A minha consiste em agradar e agradecer os meus amigos, está perto de minha família, não sentir nada em especial, mas mesmo assim depois que tudo passa ter a sensação gratificante que fiz o correto.

Por Tudo isso mantenha suas tradições, festeje com sua família, com seus amigos ou mesmo sozinho! Aproveite e agradeça a quem ache que deva agradecer pelo apoio que recebeu ao longo desse ano, mas acima de tudo agradeça a sim mesmo por tudo que conquistou e torne isso a sua tradição.



Bjos a todos e Boas Festas.

domingo, 4 de dezembro de 2011

E quando não temos vontade de escrever???



E se passaram duas semanas sem que eu escrevesse e em esse curto espaço de tempo, foram tantas coisas a acontecer que nem sei por onde devo começar...

Talvez eu devesse resenhar sobre a cidade cercada por soldados do exercito "patrulhando as ruas devido a greve dos militares, pensei em escrever sobre como durante esse período a ilha tornou-se piada nas redes sociais sendo comparada ao filmes de Denzel Washington e Bruce Willis em Nova Yok Sitiada, ou Kut Russell com seus "Fuga de Nova York" e Fuga de Los Angeles ou ainda a melhor de todas as comparações, São Luis está como "Gotham City em o Longo dia das bruxas, mas sem o Batman para nos proteger".

Juro que ao longo dessa semana fiquei pensando em escrever como foi a sensação de ver soldados carregando fuzis ao nosso lado, eu me perguntava se era assim que as pessoas das favelas do Rio de Janeiro se sentiam, quando o exercito tomou os morros. Pensei em escrever como aqueles que estão para nos dá segurança, também nos provocam medo, pois é pensei em escrever, mas desistir, a greve já terminou, parece que estamos voltando ao nosso estagio de letargia cotidiana que enebria a ilha e por algum motivo a vontade de escrever mais sobre isso passou.

Então resolvi escrever sobre a feira do livro, mas fiquei tão triste com o que vi. Pouca publicidade, poucos livreiros, na verdade a maioria das bancas era composta por livreiros de São Luis, e alguns de Teresina, os mesmos preços, alguns até mais altos do que o normal nas livrarias, o espaço Eja, minúsculo... Enfim, apesar de comprar alguns livros achei a feira só um ectoplasma do que ela já foi um dia, culpa da administração de nossa prefeitura? Sim, mas não quero falar do caos, hoje não

Eu poderia falar do natal e seu espirito consumista e como as pessoas esquecem o que realmente deveriam comemorar, mas acho isso tão clichê...Poderia falar do espírito de natal, mas sou uma daquelas pessoas que esse espírito bate na porta e como demoro a atender ele vai embora sem que eu sequer tenha imaginado que era ele que batia. 


Portanto hoje também não dá pra falar de natal; 

A grande questão é que hoje eu não sei o que escrever, pois todas as idéias que pareceram bem legais durante a semana hoje, nesse exato momento parecem, antigas, fúteis ou simplesmente chatas! 

Não sei se é isso que chamamos de bloqueio literário, ou se é falta de inspiração, ou ainda é todo o cansaço e stress do final do ano que me impede de escrever algo que eu goste, ou se estou oca de idéias, não sei responder isso hoje, só posso afirmar que não consigo escrever hoje!

Sei que vocês devem está se perguntando, "mas tu não estás escrevendo?!"

Pois é resolvi compartilhar essa angustia porque na semana passada eu não escrevi e como tinha prometido a mim mesmo que iria me disciplinar para escrever e mesmo quando nada surgisse a minha mente eu escreveria, estou aqui! Sempre costumo cumprir minhas promessas, por isso eu sentei na minha cadeira e  em frente ao computador tentei escrever. Não saiu um bom texto, mas mesmo assim escrevi, vou tentar me livrar desse bloqueio e na semana que vem escrever algo mais decente, então...

Bjs e até a próxima^^

domingo, 20 de novembro de 2011

20 de Novembro Dia da Consciência Negra para Negros, Índios, Brancos e Mestiços.


20 de novembro, Dia da consciência Negra e eu acrescentaria mestiça também. Hoje antes de tudo é um dia para refletirmos sobre a imensa desigualdade étnico-racial que ainda insiste em permanecer no nosso país e àqueles que acham o dia uma "besteira" e divulgam o mito de uma democracia racial, peço que olhem a sua volta, analisem o contexto e percebam que essa igualdade de oportunidades não existe.

O racismo hoje ganhou alguns nomes, talvez na intenção de esconder-se, talvez não, todavia hoje ele também é chamado de Bullying, assedio moral, discriminação social, etc., mas no final vamos ver quem é a imensa maioria que sofre com essas "novas" formas de discriminação?

Ah! Vocês vão me dizer, mas não são apenas os negros que sofrem isso. É verdade, eu concordo, mas essa afirmação vai melhorar ou diminuir o sofrimento de quem padece com isso?

Já vi atitudes racistas passíveis de denuncia legal serem classificadas como assedio moral, onde ainda não há uma criminalização regulamentada e, portanto mais fácil de “fugir” da pena, pois o crime de racismo é imprescritível e inafiançável.

A mesma coisa acontece na escola. Convencionaram-se, até inconscientemente, tratar as atitudes racistas de alunos como casos de Bullying. Não estou afirmando que o racismo na escola não seja Bullying, ele é! Entretanto tanto o agressor quanto a vitima não enxerga, ou não percebe, o caso como racismo e isso mascara o problema.

Desde 2003 a lei 10.639 define a obrigatoriedade do ensino de História e cultura afro-brasileira nas escolas e o Art. 79-B. afirma que o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’, infelizmente no Brasil existe uma cultura de “lei que pega” e “lei que não pega” e a 10.639 é uma que ainda não pegou efetivamente. O que vemos são atitudes isoladas de professores que militam pela causa, ou quando a decisão vem “de cima” as escolas se mobilizam com cartazes cheios de letras belas e papel crepom, mas que após as apresentações são jogados no lixo e o que foi dito eventualmente esquecido, perpetuando um ciclo de discriminação e preconceito velado.

Não é essa a prática pedagógica que vai fazer a diferença, as Pedagogias de combate ao racismo e a discriminação devem ser atitudes permanentes e não apenas de um dia.

O Racismo imprime marcas negativas na subjetividade dos negros e também na dos que os recriminam e não é apenas em um dia que apagaremos séculos de preconceito racial e cultural.


As Ações da escola devem ser elaboradas com o objetivo de educação das relações étnico/raciais positivas para só assim fortalecer entre os negros e despertar entre os brancos a consciência negra, sim, pois não adiantará só uma parcela da população compreender isso.

O caminho para acabarmos com o racismo está quando negros e não negros; índios e não índios; além de mestiços de todas as etnias finalmente perceberem que todos somos Diferentes e ao mesmo tempo Iguais.

E esse é o grande desafio da escola neste século: Trabalhar a Igualdade em meio as Diferenças.

Até a próxima.^ ^



                                              

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TROLSS


Amigos! Não sei se fico triste ou feliz, mas hoje recebi meu primeiro Troll, no bloguinho. ^^

Antes de tudo vamos explicar... Pelo o que entendi no mundo da blogosfera, Troll não é a figura mitológica descrito nos livros de fantasia, Não... Um troll, na gíria da internet, e segundo a Wikipédia, designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. O termo surgiu na Usenet, derivado da expressão trolling for suckers (lançando a isca para os trouxas), identificado e atribuído ao(s) causador (es) das sistemáticas flamewars.

O comportamento do troll pode ser encarado como um teste de ruptura da etiqueta, uma mais-valia das sociedades civilizadas.

Há várias sistemáticas desenvolvidas por trolls para atuar num fórum de Internet, entre elas:

Jogar a isca e sair correndo: consiste em postar uma mensagem de polêmica grande já esperando uma grande reação em cadeia e flame war. Porém o troll não se envolve mais na discussão, some após a mensagem original e se diverte com a repercussão. Uma forma mais branda é postar noticias polêmicas (às vezes mensagens não-verídicas) só para observar a reação da comunidade.
Induzir a baixar o nível: alguns trolls testam a paciência dos interlocutores, induzem e persuadem a pessoa a perder o bom senso na discussão e apelar para baixaria e xingamentos. Com isso, o troll "queima o filme", consegue que a pessoa se auto-difame na comunidade por ter descido a um nível tão baixo.
Desfile intelectual: um troll pode ter um bom nível intelectual, vocabulário sofisticado diante de outros discursantes, desfilarem referências e contradizer os argumentos dos rivais, muitas vezes expondo-os ao ridículo e questionando sua formação educacional.
Repetição de falácias: outro método usado que induz ao cansaço, aqui o troll repete seu conjunto de falácias até que leve seu interlocutor à exaustão, alegando depois ter vencido a discussão após o abandono do oponente.

O Troll do meu bloguinho tenta ser uma mistura do segundo e terceiro tipo, seu questionamento e insultos se referem ao texto que fiz sobre o Jeps, ele usa de palavras “bonitas” e pseudo intelectuais para tentar levantar dúvidas sobre minha prática docente, perguntando-me quem sou eu, o que eu faço por meus alunos e, ora vejam, mandando eu fazer algumas coisa significativa para eles.

Como de práxis o troll em questão não assina, se coloca como anônimo, entendo o seu lado, ele ou ela devem ser uma das 50 pessoas, que segundo ele trabalharam e deram o sangue por esse evento, tanto fizeram que preferiram deixar as crianças no sol uma tarde inteira por que a arquibancada que fica na sombra não saia bem na foto. Mas acredito que o nosso Troll se sentiu tão ofendido pelo meu post porque de fato trabalhou duro no evento, contudo ele não entendeu que a crítica não é a aqueles que trabalharam no evento, mas a um governo que se utiliza do trabalho das pessoas para tirar proveito, que abusa da ingenuidade de crianças oferecendo migalhas. 

Nosso Troll afirma que um evento "de tamanha grandiosidade como o Jeps" foca na disciplina e evita nossos alunos a pensar na marginalidade e nas drogas. Pena que o nosso troll esqueceu de dizer que para isso acontecer o professor de educação física deveria ser mais valorizado, para que este profissional possa fazer seu trabalho com dignidade, afinal para alcançar o que se deseja, ele deve ter condições de trabalho.

A prefeitura pensa em um evento "de tamanho porte", mas esquece que em algumas escolas não há nenhuma BOLA, para que eles possam treinar. Não há nem quadras! Será que nosso troll, que provavelmente deu o sangue para esse evento, sabe que no dia dos jogos marcados alguns ônibus não foram buscar as crianças para levá-las ao jogo?

Será que o nosso Troll sabe que o professor Leonel Torres enviou um email a todos os professores que ele conhece denunciando que:

“CRIANÇAS/ADOLESCENTES FICARAM ESPERANDO DAS 7 ÀS 9:30HORAS, SOB SOL ESCALDANTE E NADA DE ÔNIBUS. FOI QUANDO VEIO A NOTÍCIA QUE ÀQUELA RODADA DE JOGOS ESTARIA CANCELADA POR FALTA DE ÔNIBUS PARA CONDUZIR OS ATLETAS ATÉ O LOCAL DE JOGOS. NO MEU CASO, A ESCOLA  É "ROSENO DE JESUS MENDES" – JANAÍNA. AQUI CABE UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: "QUAL O MOTIVO QUE LEVOU À EMPRESA CONTRATADA A NÃO LIBERAR ÔNIBUS PARA CONDUZIR A CRIANÇADA"? QUAL?” [retirado do e-mail do mope em:17/10/2011]

 A revolta do professor Leonel não é válida? Será que o nosso Troll sabe que a prefeitura não pagou a empresa que faz a segurança das escola e que portanto eles entraram em greve e que agora alunos e professores, principalmente do EJA, estão sem vigias em suas escola?

Será que o nosso troll sabe que existe escolas em que os alunos estão sem água para beber e que portanto os professores de educação física não podem sequer trabalhar movimentações para não despertar a sede dos alunos?

Pois é meu querido Troll a critica não é ao evento em si, ao contrário essas práticas de valorizar o esporte devem ser mais realizadas e divulgadas, mas elas devem ser feitas visando o bem estar das crianças, buscando de fato os objetivos do esporte e não apenas para constar em uma lista de “coisas que a prefeitura faz, mas você não vê”.

Agora sobre seu questionamento de quem sou eu e o que tenho fazendo para meus alunos, a resposta está aqui:

"Quem sou eu? Bom meu nome está na lateral do blog, assim como meu pequeno currículo, o que faço pelos meus alunos? Alem de diariamente ajudá-los no desenvolvimento de uma consciência crítica sobre eles mesmos e sobre a situação social e política em que estão inseridos, demonstro meus trabalhos na comunidade acadêmica, enquanto Semed deu oportunidade divulguei meus trabalhos nos fórum de educação que infelizmente essa gestão extinguiu, já dei palestras nos seminários de educação de jovens e adultos que a Semed promovia, mas que vejam só essa gestão também suspendeu por afirmar não ter mais verba para isso. Já divulguei o trabalho de meus alunos nos congressos humanísticos da Ufma, nas semanas de pedagogia da UNDB e da Faculdade Santa Fé."

Acredito que o conhecimento não pode ficar restrito a um grupo, por isso trabalho para que ele seja divulgado e não me escondo. No ultimo dia 07/11 estava mediando uma conferência sobre a identidade do educador nos cursos de licenciatura no maranhão e no dia 17 ministrarei uma oficina sobre os valores de referência afro-brasileiros na semana de pedagogia da UNDB, lá mostrarei alguns dos trabalhos que desenvolvo com meus alunos. Sintam-se convidados a participar.

Por isso meu querido Troll, eu posso dizer quem eu sou e mostrar o que eu faço. Você pode?

Jamais compactuei com uma ditadura ao contrário de nosso atual governante, acredito na liberdade de expressão, por isso não irei apagar o post do Troll, mas não vou continuar a alimentá-lo, suas ofensas não serão mais respondidas e totalmente apagadas.

Aos demais amigos os comentários estão aberto ao público, não precisam concordar comigo, ao contrário um bom debate se faz em meio as divergências mas manteremos a etiqueta sempre.

Beijos e até a próxima.

domingo, 6 de novembro de 2011

Passado, Presentes e... Presente!


Não sei ao certo porque, mas os dois últimos dias me peguei relembrando o passado. Escâniei algumas fotos antigas e coloquei no Facebook, foi engraçado ver a reação das pessoas, as que me conheceram no passado, que embarcaram na onda de rememorar e as que me conhecem agora, que não conseguem enxergar-me como a jovem de 10 ou 15 anos atrás.
A verdade inquestionável de tudo isso é que o Tempo passa para todos e por mais que existam permanências em alguns pontos, a passagem de tempo nos faz mudar e nos transformar em pessoas que não imaginamos que seriamos, os sonhos podem ter sido alcançados, ou não, alguns planos podem ter sido realizados, mas o modo como você é hoje é fruto de todas as experiências que você passou e essas não há como prever, você simplesmente as vive.
Olhar para o passado te traz sentimento, muita vezes estranhos, alegria, tristeza, saudade... Eu chamo tudo isso de nostalgia. Essa relação que temos com o passado sempre me intrigou, talvez por isso tenha feito História, por que nos prendemos a ele? 
Nas redes sociais, e na internet como um todo, temos uma infinidade de pessoas que relembram nostálgicas das épocas passadas ora mostrando desenhos animados de épocas antigas, ora brinquedos e propagandas, sempre se referindo ao passado como se ele fosse melhor que o presente, frases como “na minha época não era assim”, “antigamente era melhor”, são ditas indiscriminadamente.
Eu me pergunto, será que antigamente era melhor? Ou apenas estamos embebidos de nostalgia, que assim como uma bebida alcoólica nos turva os olhos e as lembranças e só nos dá uma pseudo sensação de prazer?
Lembrar o passado, apreender com experiências antigas, ter conhecimento de sua própria história é essencial para você descobrir quem és, mas tudo isso é para que você tenha um presente melhor, afinal você já se perguntou por que a nomenclatura desse tempo é igual á do ato de entregar alguma coisa boa a alguém?
Conheço poucas pessoas que não gostam de ganhar presentes, então se é tão gostoso ganhar porque é tão difícil encarar o presente como ele é?  
Vamos continuar lembrando o passado, aprendendo com ele, tendo sentimento por ele, mas vivendo a única época que nos é permitida: O presente!
Portanto um brinde a ele e que venha o Futuro! 
Para que ele possa ser presente novamente.

Um bjs a todos.

domingo, 30 de outubro de 2011

Um pausa de explicar certas coisas

Quando decidi revitalizar o blog, prometi para mim mesmo que teria uma regularidade, que DESSA VEZ, iria-me disciplinar e que pelo menos uma vez por semana iria escrever. 
Fiz isso porque me sentia travada, desmotivada e sem prática para escrever academicamente. Os anos, apenas como professora da educação básica, sem pressão para escrever e publicar e a ponto de estourar com o estresse e as coações do sistema educacional, me fizeram desacreditar na minha própria escrita, foi, portanto para relaxar e principalmente para me resgatar enquanto escritora que resolvi escrever no blog, escrever de forma descompromissada poderia trazer de volta a vontade e a motivação para escrever academicamente.
E realmente eu não estava errada, voltei a escrever e em breve publicarei meu artigo em uma revista eletrônica, ainda não estou completamente satisfeita, essas duas ultimas semana o trabalho foi tão intenso que deixar passar a publicação da semana passada e o que ocorreu é que também não surgiu uma boa história para contar. A coisa (o blog) foi se encaminhando de tal maneira que quando dei por mim estava usando o blog para denunciar, para extravasar minha raiva e frustrações sobre alguns setores que me angustiava principalmente a educação. Minhas crônicas, que a priori seriam coisinhas sem importância, tornaram-se muito espaço para falar de coisas sérias como o descaso do nosso governo com a educação e a desvalorização do professor como profissional. Não sei se irei continuar escrever sobre isso, ainda não é minha intenção, mas sempre que eu me sentir revoltada por algo irei escrever, denunciar e mesmo que poucos acessem essa página ainda assim continuarei escrever, pois esse é meu espaço e utilizarei todas as armas que possuo para defender o que acredito.

Pois assim como disse Marthin Luther King:

"Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder, eu prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver"
                                                                                   

E se você também é um que não admite e não consegue viver em conformidade com esse mundinho pequeno burguês, hipócrita e preconceituoso sinta-se a vontade para participar do Bloguinho, sempre é bom saber que não estamos sozinhos na luta.
Enfim e por hora tenham uma boa semana!

domingo, 16 de outubro de 2011

Jeps de São Luis e Dia dos professores na sonífera Ilha do Caos

Nunca imaginei transformar o blog em um veículo de denúncia, eu queria na verdade, descontrai, falar o que penso, enfim coisas divertidas. Mas infelizmente nas últimas semanas o que penso é atravessado pelo o universo da revolta. Revolta principalmente contra o descaso com a educação.
Nessa semana o governante da nossa sonífera ilha resolveu promover jogos escolares. A iniciativa seria louvável se não acreditasse que é apenas mais um artifício para tentar ludibriar a população e promover uma administração que se caracteriza pelo Caos.


As escolas do município foram convidadas a participar da abertura do JEPs (jogos das escolas públicas municipais, acho que é isso) no estádio do Nhozinho Santos e é claro a UEB em que trabalho foi prestigiar nossos atletas.
Saímos da zona rural com cerca de 80 crianças e chegamos por volta das 14h30min, mas, pelo que eu soube, já havia alunos de outras UEB desde as 13h30min.      
                        
                                                       


Ao chegarmos lá nos deparamos com um sol forte, o calor escaldante, as cadeiras quentes e nenhuma proteção nas arquibancadas. Sentamos na parte da arquibancada que fazia menos sol, ao lado da única parte coberta e que é claro destinada a comitiva do prefeito, mas a “desorganização” do evento não se contentou com nossa iniciativa e nos removeu para um local no qual ficaria melhor para bater fotos e o prefeito nos avistar, ou seja, na área de maior sol.

É incrível como ninguém pensou na saúde daquelas crianças, era mais de 300 no sol quente, agoniadas, agitadas esperando um evento começar e que não começava. Sentir pena de meus alunos, onde está a promotoria quando precisamos dela? Porque tal evento não foi colocado em um local coberto? Porque deixar crianças esperando por quase 4 horas?
Depois de uma ação da diretora da escola, que foi até a organização começamos a distribuir garrafinhas d’água, mas já passavam das 16h30min e nada de lanche para os alunos, novamente a diretora foi à organização, mas o que conseguimos foi ser desrespeitadas por aqueles que se dizem responsáveis pelo evento. 
                         

ELE IRIA DISTRIBUIR O LANCHE! Foi o que nos disse. Meia hora depois o “lanche” estava sendo jogado aos nossos alunos, como se joga ração a animais.  
                              
                                                         

Lá por volta das 17hs nosso prefeito chegou, acenou a todos e os atletas entraram. Cantou-se o Hino e foi aceso, o que acho que era uma pira olímpica e depois de tudo nosso ilustríssimo governante foi embora. 
              


Um pequeno show parecia que iria acontecer, mas já passavam das 18h00min, pegamos nossos alunos e fomos embora, nos nossos ônibus velhos, desconfortáveis e rezando para que não pregasse.
Tal evento, com toda sua “organização”, deve ter “custado muito” aos cofres da prefeitura, tanto que acredito que será a justificativa (injustificável) para o atraso nos pagamentos dos professores contratados e dos funcionários das cooperativas que prestam serviços gerais e administrativos às escolas da prefeitura.

Enfim é assim que a Semed de São Luis trata a educação, criando eventos nas coxas, não ligando para as escolas, deixando alunos sem aula por falta de professores, colocando-os em ônibus que atentam a segurança de tão velho que estão;
Foi esse o presente de dia dos professores da prefeitura de São Luis, descaso para com os efetivos e atraso de salário aos contratados.

Essa desvalorização freqüente a nossa profissão me entristece profundamente e nos leva a fazer uma reflexão sobre o nosso dia. Devemos mesmo comemorar?
Devemos sair nos congratulando por temos uma profissão tão importante e tão desvalorizada?
Por ocasião do dia 15 um amigo a quem respeito muito, como pessoa e como excelente professor de História, escreveu em sua página do Facebook as seguintes palavras que apoio e compartilho com vocês.

“DIA DO PROFESSOR! O Profissional que blábláblá... Cansei dessa baboseira toda... Sinceramente!!! Não me parabenizem, não me falem o quanto minha profissão é importante para a construção de um país desenvolvido, não me digam que todas as outras profissões dependem, para existir de (bons) professores, pois a grande realidade é que o senso comum nos diz, verborragicamente, isso tudo, mas não somos, na realidade, valorizados por essa sociedade hipócrita, que, quando muito, sente pena de nós, professores! É comum ouvir as pessoas dizendo "é professor, coitado! vive correndo de um lado pro outro, cansado, doente..." Basta!!! Não aceito parabéns de ninguém! Parabenizar-nos um dia para que nos outros 364 continuemos nessa vidinha? Cansaço, salários baixos, falta de tempo para estudar, pesquisar... enfim... Continuarei professor pois sou convicto disso, mas enquanto não for valorizado, não vejo motivo para congratulações e homenagens!  
Não acredito em discursos vazios e palavrórios de nossa classe, que vive de joelhos perante às representações governamentais e patronais, mendigando (e não exigindo o que nos é de direito...) por melhores salários e condições de trabalho. Qual o crédito que recebemos pelo papel VITAL que temos??? A representação sindical dos professores da rede estadual se vangloria de forçar o governo a pagar o piso salarial... (que é uma miséria e está previsto em lei!) - ainda assim, outras formas de reconhecimento e melhoria para a carreira docente, como políticas de incentivo a mestrado, doutorado e afins, sequer entram em discussão! Triste... Na rede particular...na rede particular... A "equação" é mais simples: CULTURA SINDICAL (não apenas dos Sindicatos, mas dos sindicalizados) = CAMPEONATO DE PRAIA + PAGODÃO DA EDUCAÇÃO + CAMPANHA SALARIAL ANUAL - (CONSCIÊNCIA DA CLASSE)... Somos ridicularizados porque nossa auto-estima, excetuando-se este dia, é baixíssima!Ah... e só para completar... Na rede federal, os IF's, em greve há mais de 2 meses, sequer recebem alguma referência... Lembram da greve dos Correios e Bancos? Esses sim, tratados pela imprensa e sociedade como serviços essenciais - QUE REALMENTE SÃO!!! Já o nosso métier, posto de lado pelo governo, pela imprensa (divulgação de notas minúsculas...) e, desta forma, pela sociedade... Enfim, ainda assim, ACREDITO! Gosto do que faço e faço muito bem, sem falsa modéstia! Quero, contudo, que o suor do meu trabalho (que desempenho com muita dignidade), seja o bastante para que eu possa proporcionar à minha família uma vida material estável e digna. Ainda assim, agradeço imensamente o carinho manifestado por alunos-amigos que sei que tenho! Vocês são, de fato, um combustível essencial para nós nessa lida diária! E é isso!


Amigo como sempre concordamos em muita coisa!
Chega de ficar aceitando míseros parabéns desses podres poderes (público, privado, midiático) nossa categoria merece mais, merece RESPEITO. Assim como já é feito em outras datas (13 de maio, por exemplo) o dia 15 de outubro deve se transformar!
Não é mais uma data só para festas, ele deve ser lembrado como um dia de protesto e reflexão, uma luta constante por valorização. Aí sim quando obtivermos isso, aceitarei de bom grado todos os parabéns que “aqueles poderes” quiserem me dá.

Até a próxima, quem sabe menos revoltada.^^

domingo, 9 de outubro de 2011

Um furo na Maçã.

Quando cheguei em casa naquela noite, estava exausta. Passei o dia todo trabalhando, em pé com uma dor de cabeça infernal, tudo que queria era descansar e como de práxis me joguei no sofá, minha irmã na outra poltrona começava a falar do seu dia, quando de repente, como se lembrasse de algo que precisava me contar, se virou para mim e disse:
- Você não imagina quem morreu hoje! Não é nenhuma celebridade artística, mas era muito importante para a tecnologia.
Imediatamente lembrei-me de uma reportagem sobre o gênio da Apple, na qual falava da sua saída da empresa e de sua doença, lembro-me de suas fotos, assustadoras devidas seu estado quase cadavérico.  
Quando falei Steve Jobs, minha irmã apenas confirmou minhas suspeitas, fiquei triste, postei isso nas páginas de meu “face” e vi um amigo me recriminar, afinal qual meu contato com Steve Jobs? 
Ora nenhum, a não ser que sou mais uma das centenas de milhares de pessoas que utiliza as máquinas inventadas por ele.
Minha tristeza por Steve Jobs é semelhante a tristeza que sinto quando alguém a quem não conheço, mas respeito muito morre. Evidentemente ele foi antes de tudo um gênio, mas meu respeito a ele vai além de sua genialidade, meu respeito a ele reside na sua perseverança e na sua capacidade de se reinventar.
Como todas as mídias já falaram Jobs foi rejeitada por sua mãe biológica, uma universitária que prezava tanto a graduação que não quis ou não pode ficar com filho e entregou à adoção, seu único desejo era que os pais da criança fossem graduados, o casal escolhido foi um advogado e sua esposa, que quando chegou a hora de buscar a criança desistiu, pois queriam uma menina. Assim os pais de Steve Jobs foram um operário, que não terminou o 2º grau, e uma dona de casa, que foram buscá-lo assim que contatados. 
Ele cursou o High School, provavelmente sofrendo Bulying (ele era o próprio esteriótipo de Nerd), entrou na faculdade, mas desistiu, acreditando que o esforço dos pais para pagá-la não valia a pena, convenceu-os. Ele abandonou a universidade, mas não as aulas que passou a assistir como ouvinte, passou a dormir, de favor, no chão do quarto de amigos, andava mais de 10km até templos budistas para ganhar um prato de comida, estudava só e se reinventa, montou com um amigo, no quintal de sua casa, o que seria um dia uma das maiores empresas de tecnologia do planeta, apostou na idéia de um computador pessoal.
Vence, cresce, enriquece e é demitido, pelo sócio, da empresa que ele mesmo criou.
Não desiste, se reinventa, aposta tudo em uma nova empresa, cria a Pixar e lança nos cinemas Toy Story, Sucesso! A Pixar toma proporções grandiosas ao ponto de sua maior concorrente, a Disney, resolver comprá-la, não havia como vencê-la.
E Jobs novamente vence, é chamado para voltar a sua antiga empresa e volta com mais novidades, IPod e IPhones... E a Apple decola a uma magnitude  inimaginável.
Até que veio o câncer, um tipo raro, agressivo, no pâncreas, o próprio médico disse para ele deixar seus negócios em ordem e realmente ele deixou, surgiu os IPads.
Mesmo diante da morte ele continuou sendo o que ele sabia ser, Gênio!
É por isso que eu o respeitava e admirava.
Ele assim como, Bill Gates e Mark Zuckerberg, mostraram que mesmo sendo nerds, humilhados, excluídos e rejeitados, na infância e adolescência, quando se tem perseverança e coragem há como se tornar um vencedor.
Evidentemente quando se é o adolescente a espera pelo futuro pode e é assustadora, mas não há nada mais rico que o amadurecimento e isso só podemos perceber com o tempo, coisa que Jobs retrata como ninguém.
Em seu discurso em Stanford, uma das mais prestigiadas universidade dos EUA, ele deixa a seus ouvintes três histórias de sua vida, que na minha interpretação pode ser sintetizada em algumas lições:

1.       Você não pode conectar os pontos olhando para frente, você só pode fazer isso olhando para trás, portanto você tem que confiar que um dia eles serão ligados.

2.       Você tem que descobrir o que ama, seu trabalho vai preencher uma grande parte de sua vida e a única maneira de está satisfeito é acreditar que é um ótimo trabalho e a única maneira de fazer um trabalho excelente é você amar o que faz.  

3.       A morte é provavelmente a melhor invenção da vida, pois ela é o agente de mudanças, ela tira o velho do caminho e abre espaço para o novo.  Hoje você pode ser o novo, mas inevitavelmente você será o velho algum dia, em outras palavras seu tempo é limitado, portanto não o gaste sendo quem você não é. Tenha coragem de seguir seu coração e intuição elas já sabem o que você quer mesmo antes de você se dar conta disso.

O vídeo já virou hit na net e eu vos deixo para que tirem suas próprias conclusões.
Eu já tirei as minhas;



PS: Meus agradecimentos a Mariza Nobre que de certa forma me incentivou a escrever esse texto. O vídeo também é dedicado a você Mariza e a Vinícius, espero que ele contribua em algumas decisões.