sábado, 17 de setembro de 2011

Quando não sabemos controlar o que sentimos.

Esse sentimento é uma coisa até difícil de descrever, é algo que você sente e pronto.
Às vezes ele se torna irracional, por mais que você saiba que não há nem um problema, que está tudo perfeitamente normal e controlado você não tem como dizer ao cérebro (ou será coração?) para não sentir o que sente.
Quando não controlado ele te prejudica, envergonha, paralisa até.  As pessoas ao teu redor costumam te consolar dizendo que está tudo bem que já passou ou ainda vai passar.
Se vocês pensam que estou falando de amor, errou! O sentimento descrito é o Medo. Incrível como ele pode ser descrito com algumas características do amor, claro que do amor não correspondido. E acho que isso ocorre porque quando amamos a quem não nos ama, o medo se instala diretamente.
Mas não venho aqui para falar das semelhanças de amor e medo, venho para desabafar, para relatar um pouco de minha experiência com o medo, não o medo do que possa acontecer no futuro ou medo comum de violência, desastres, acidentes etc., hoje eu venho falar das fobias.

Segundo a Wikipédia, Fobia (do Grego φόβος "medo"), em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada ante situações, objetos, animais ou lugares, às vezes essas fobias ganham até seu próprio nome como aracnofobia (medo de aranhas), claustrofobia (medo de lugares fechado) a tantas outras.
Por minha vez meu medo irracional é por agulhas. É comum na infância você ter medo de injeções e por mais que você não goste da coisa o processo de amadurecimento te faz compreender que aquilo é necessário para você.
Todas as vezes que tive que tomar injeções ou fazer exames, ou ainda ter que me furar de alguma forma eu pensava assim, eu preciso de todo um processo de conscientização para poder suportar as agulhas, e é claro nunca, em hipóteses alguma olhar o objeto em si.
Mas recentemente fiz um exame chamado eletroneuromiografia, fui na maior inocência a primeira parte do exame o médico, um neurologista que no meu caso era um mcsteamy (quem assiste Gray Anatomy vai entender)  começa a fazer uma série de teste, aqueles martelinhos em que ele vai batendo em partes do teu corpo e você vai tendo reações involuntárias, levanta a perna, o braço e etc, é engraçado e até ai eu achei divertido.
Depois ele começa a dá pequenos choques com um aparelhinho em pontos medidos milimetricamente, é desconfortante, mas não chega a doer, são mais alguns sustos que qualquer outra coisa, eu até ria com a situação.
Mas a última parte do exame para mim foi uma tortura, meu médico antes de fazer qualquer coisa ele me explicava o que ia acontecer, quando ele disse enfiaria algumas agulhas para estudar os nervos eu simplesmente entrei em pânico.
Tentei me controlar fechei os olhos e a cada agulhada eu sofria, depois das quatro primeiras eu virei o rosto e vi o tamanho da agulha, daí me descontrolei, chorei copiosamente e o que é mais estranho é que eu dizia ao meu cérebro que estava tudo bem, mas meu corpo não respondia, as furadas não doem ou pelo menos eu acho que não dói, eu só conseguia pensar no tamanho daquela agulha no meu corpo, consegui realizar o exame mas fiquei numa situação deplorável, corri para a casa da minha amiga para abraçar minha afilhadinha e quem sabe entender o que eu passei.
Mais calma cheguei a algumas conclusões:
1.                  Não tenho um simples medo, tenho verdadeira fobia por agulhas, e olha que até achei o nome da coisa Aicmofobia, Aiquimofobia ou Belonofibia - Medo de agulhas, injeções, objetos pontudos ou perfurantes.
2.                  Definitivamente não farei acupuntura
3.                  Solidarizar-me-ei com todos que tiverem algum medo irracional.

Fiquei pensando como esse medo é estúpido, mas ainda assim impossível de não senti-lo, felizmente apesar de toda a vergonha, eu ainda posso controlar, quer dizer suportei sete agulhadas no meu corpo, não sei como me sentiria se tivesse mais.
Mas e você qual seu medo irracional?

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