quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quando o medo bate a sua porta e chacoalha sua vida.



Acabei de chegar a minha casa depois de um dia exaustivo, sem pausa para o almoço, que começou as 06h00min da manhã e só principia a se encerrar agora às 22h30min. Portanto, só estou escrevendo porque prometi a mim mesmo a escrever!
Preciso ansiosamente, desesperadamente voltar a escrever, voltar a gostar de escrever e mesmo que no inicio seja difícil, como realmente está sendo, sei que aquele bel-prazer e fluidez que antes eu possuía voltarão. Não é claro em sua plenitude, mas voltarão.
Tenho essa urgência em escrever agora, para que as idéias e pensamentos que estão fervilhando em minha mente, não se aquietem e me façam deixá-las de lado não as escrevendo, por isso eu estou aqui! Historiando ao invés de descansando ou ainda preparando algo para trabalhar amanhã.
E é exatamente sobre o trabalho que quero falar. Não tenho falsa modéstia em falar que sou boa no que faço. Gosto de dá aulas de História, gosto de ser professora  e apesar de todo sofrimento, desrespeito e falta de valorização que faz com que cada dia um professor desista da profissão, que faz com que diariamente nos pergunte porque insistirmos nisso, apesar de tudo isso, nunca acreditei ou temi deixar a profissão como temo hoje, e por hoje digo nesse exato momento!
Depois de 15 horas, em pé, dando aula, entrando e saindo de salas ar condicionadas e indo para outras sem qualquer ventilação, eu cheguei em casa com minha voz falhando. 
 Tento falar, mas o som não sai de minha boca, a dor na garganta não é pior que a sensação de escutar sua própria voz e não a reconhecer, achar que ela é um daqueles sons sintetizados, para dublagem de seres gutural de outro planeta. Só não digo a vocês que minha voz está como a de Darth Vader por que ela falha e desaparece sem avisar, apesar de está assustadora como a dele.
Sem minha voz não tenho como continuar dando aulas, ao mesmo tempo sei que se continuar com as aulas fatalmente não terei mais voz...  Apesar de saber que a saúde deve está em primeiro lugar é uma decisão difícil a se tomar, principalmente quando você depende desse trabalho financeiramente, culturalmente e emocionalmente...
Amanhã visitarei meu otorrino, teremos uma conversa séria! E só então tomarei minhas decisões, como de práxis tentarei deixar a razão comandar minhas decisões, mas seja lá o que eu decidir mudará parte de quem eu sou...
Vamos esperar para vê.

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