Olá.!
Faz muito tempo que não escrevo. Não sei ao certo por que isso ocorreu, podia dizer que foi a falta de tempo (não estaria mentindo). Ou podia afirmar que estava com bloqueio criativo, não sabia o que escrever, mas isso tão pouco é verdade, tenho muitas histórias entre ficção, crônicas, artigos de opinião etc., mas sempre que essas idéias se formam na minha cabeça, quando vou escrever eu simplesmente deixou para depois e isso faz com que as historias não me parecem tão boas.
Sou muito crítica comigo mesma e acho realmente que deixei de escrever por insegurança, o que é estranho, pois me considero uma pessoa muito segura de mim. Mas nos últimos anos tenho duvidado muito do meu poder de escrita e eu mesmo acabei por me tolher.
Mas como já afirmei eu sou muito critica comigo mesma e não suporto fraquezas, por isso me enchi de coragem e decidir voltar a escrever! Vou me policiar e pelo menos uma vez ao mês vou me forçar a postar alguma coisa. Não sei quem vai lê ou se realmente alguém vai ler e comentar, mas eu vou fazer isso, preciso fazer isso!
Portanto “As crônicas da Nila” voltou e se ninguém perceber, paciência...
Seja bem vinda!
Eu estou feliz por voltar.
Para começar... (esse post vai ser grande ^ ^)
Estou com conjuntivite. E não é a conjuntivite alérgica que já faz parte do meu ser, é a viral, já muito bem diagnosticada e medicada por um oftomologista, o problema é que além da conjuntivite também estou com infecção na garganta e ouvido. É minha gente sabe aquele ditado **** é bobagem! Mas pra falar a verdade estou me sentido até bem, psicologicamente falando, por que fisicamente eu estou um trapo. Para não contaminar ninguém a médica me atestou cinco dias de molho, eu deveria ficar feliz com isso, mas o problema é que essa semana é uma semana de volta as aulas no município e na faculdade e eu realmente não gosto de faltar por lá, fica parecendo que me importo mais com as escolas privadas que com eles e isso não é verdade. Acho que ele precisam muito mais de mim, mas fazer o que... Pior seria que eu desencadeasse uma epidemia de conjuntivite já pensou? Não é melhor eu ficar em casa mesmo e por casa eu digo a casa da mamãe. Sim por que doente eu só podia está na casa da mamãe.
Mesmo com recomendações para ficar quieta isso é uma coisa que não consigo, fiquei zanzando de uma lado para o outro até que me deparei com um monte de papeis e livros velhos que estavam debaixo do colchão da minha cama. Seu destino é o lixo, mas como aqui em casa todos somos um pouco Hobitts mamãe deixou a pilha em um canto para que eu e minha irmã vejamos, e tenhamos certeza, que queremos jogar fora.
Digo que somos Hobitts por que segundo Tolkien os hobitts tinham em seus porões enormes Small’s que serviam para guardar coisas velhas, por que ele não conseguiam jogar fora, bom aqui em casa somos assim. É horrível jogar coisas foras, temos um apego sentimental a besteiras enormes e o resultado é que tenho pilhas de inutilidade e muita, muita falta de espaço para coisas novas. A pilha em questão está cheia de agendas de anos anteriores. Decidir dá uma olhadinha e jogar fora. Meu grande erro!
Essa olhadinha me custou preciosas horas, por que ao pegar cada agenda passada me lembrava do ano em questão, ri como algumas ainda tinham vários adesivos, eram coloridas, cheias de figuras de desenhos animados e animes por toda a parte... o incrível é que achei agendas de 1996! Minha nossa eu ainda tava no 1ª grau! Resultado as agendas voltaram para a pilha. Sei que elas não podem ficar não há espaço e algumas já estão com olhas amareladas e algumas sinais de mofo, mas jogá-las fora é como jogar parte do meu passado... Sei que as memórias não vão sumir elas estão muito bem fundidas em minha mente... Mas...
É eu sou assim, talvez seja por que sou uma historiadora e acho que tudo isso seja fontes para contar minha história e bla, bla, bla... Mas no fundo no fundo o problema é que sou uma Hobitt mesmo. O que voces acham que devo fazer? Aceito sugestões.
Outra coisa que encontrei foi uma pasta com várias cartas, cartões, bilhetes e declarações de amor, quem me conhece sabe que não sou muito romântica, mas devo confessar que sou muito passional, eu fiz essa pasta por que foi a primeira vez dentre todos os meus namoros efêmeros que um namorado fazia isso para mim, achava tudo desnecessário na época, mas o respeitava e como vivia um namoro romântico pela primeira vez guardei. O problema é que o cara era um sujeito muito mau caráter, me enganou da pior forma possível e olha que meu conceito de traição é muito diferente do convencional, na época eu queria devolver tudo a ele, mas uma amiga, também historiadora, me convenceu a ficar, afinal eram as minhas memórias e eu não podia jogar fora como se isso fosse me fazer esquecer.
De fato naquela época ela estava certa, mas hoje a situação toda me parece tão banal quando olho a pasta não sinto nada, minha lembranças não são nem de raiva, nem de alegria muito menos de pesar por ter acabado. Não sinto pela pasta o que sinto pelas minhas agendas antigas e apesar de representar uma parte significativa de minha vida, acredito que ela vá parar no lixo.
Estarei errada? Se quiserem me ajudar basta comentar quem sabe ela resista por mais alguns anos, como algumas agendas.
Bjs e até a próxima;