domingo, 11 de agosto de 2013

Um post diferente para falar do dia dos pais...


Meu pai morreu...
Pensei que ia supera isso, mas a verdade é que eu não superei... acho que jamais vou superar completamente. Passado um ano do ocorrido eu voltei ao hospital em que ele faleceu, dessa vez com minha mãe, foi impossível não relembrar de tudo, eu fiquei novamente na sala de espera enquanto minha irmã entrava com mamãe e me mandava atualizações por telefone.
Mamãe ficou imediatamente nervosa, sua pressão subiu para 20/9, provavelmente lembrando de tudo que nos passou. Quando minha irmã explicou aos funcionários que nosso pai havia morrido ali, eles se lembraram , acho porque foi a primeira morte que eles tiveram no local. Quando ela me disse isso, corri para o estacionamento e lá fora ouvi alguns funcionários comentando o infarto, entrei no carro e chorei, chorei muito e dei-me conta o quanto a ferida ainda está aberta.
Nunca pensei que superar a perda fosse algo tão difícil, por mais que diariamente seguimos com nossa vida, trabalhamos, nos divertimos, enfrentamos problemas, esquecemos temporariamente que ela, a dor, está lá. mas quando, simplesmente, baixamos a guardo por alguns instantes, ela vem poderosa, tão forte que nos perguntamos:
- Como pode? Já se passou tanto tempo? por que ainda dói?
Sou uma pesquisadora, inquieta, ávida por respostas, carregadas de perguntas sobre o ser humano. Por que passamos por isso?Por que a psiquê Humana cria isso?por que nossos mecanismos de defesas falham tão completamente? Será cultural? biológico? sobrenatural?
Não tenho as respostas, só as perguntas. Investigar na esperança de entender melhor a mim mesma e achar a cura, se é que ela existe.
Tenho muitos leões a enfrentar, mamãe é minha maior preocupação neste momento, sua saúde etá abalada, não sei lhe dizer se é a ordem natural das coisas ou se é a forma que seu corpo encontrou para dizer que, também, não superou a perda.
Não é porque hoje é o dia dos pais que escrevo isso, na verdade não é nessas datas que eu mais sinto falta dele, na verdade é nos momentos de grande vitória que eu sinto a falta dele. Gostaria muito que ele me visse e compartilhasse o que eu conseguir, queria muitos que eles desfrutasse de tudo que eu alcancei, tudo que sou e que conseguir foi para dá o melhor que podia para mamãe e ele e é infinitamente triste que ele não possa desfrutar disso.
Queria muito que ele estivesse aqui, não para comemorar um dia capitalista, mas para comemorar as vitórias até agora alcançadas e as que ainda estão por vim.
Abaixo uma de minhas fotos preferidas com ele, impossível de me lembrar no dia em que foi tirada, mas é para mim o maior símbolo da minha relação com meu pai. Ele me colocando lá em cima e na palma de sua mão.
Esse foi meu pai.

2 comentários:

  1. Gordinha,mas tão linda! bela lembrança querida Nila.

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  2. As respostas para todas as nossas aflições podem ser encontradas no Livro dos Espíritos, no Evangelho Segundo o Espiritismo, no livro Ação e Reação, de André Luiz, psicografado por Francisco Candido Xavier. Por mais que pareça um paradoxo, as aflições da humanidade, o misterio da morte, está muito bem clarividente na Doutrina Espírita.

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